5 filmes para desacelerar e repensar a sua relação com o tempo

O Desacelera SP selecionou cinco filmes que fazem você repensar sua relação com o tempo. São obras que abordam o próprio tempo e a sua percepção, o sentido de nascer e estar no mundo, a forma como existimos e a (des)necessidade do que possuímos.

Por Solano Diniz.


1. Quanto tempo o tempo tem

Com direção de Adriana L. Dutra e co-direção de Walter Carvalho, este documentário brasileiro encontra no tempo o seu grande mote. A obra invoca grandes filósofos, historiadores e sociólogos que, em 90 minutos, discorrem sobre a definição de tempo, as diversas possibilidades de medí-lo, sua transformação social e econômica, e a influência na tecnologia e na própria definição de ser humano.


2. Minimalism: Um documentário sobre as coisas importantes

Reconsiderar o que de fato é importante para o bem-estar e a sobrevivência digna, sem excessos, é o argumento central do longa dirigido por Matt D’avella. Por meio de entrevistas com pessoas de diferentes áreas, como arquitetos, jornalistas, empresários, artistas e cientistas, a dupla Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus convida o espectador a refletir sobre como a vida pode ser melhor com menos. Bem menos.

 

3. O Começo da Vida
O filme escrito e dirigido por Estela Renner fala da importância dos primeiros anos de vida. Em exemplos colhidos nos quatro cantos do mundo, o documentário brasileiro faz uma análise profunda e um retrato apaixonado dos primeiros mil dias de um recém-nascido – tempo considerado essencial para o desenvolvimento saudável da criança, tanto na infância quanto na vida adulta. Repleto da poesia e da inocência típicas do universo infantil, o longa nos convida a cuidarmos mais dos primeiros anos de vida, aqueles que definem tanto o presente quanto o futuro da humanidade.

 

4. Eu Maior
“Repensar a vida para poder reinventar a vida. Essa é a força que emana do Eu Maior”, diz o filósofo Mário Sérgio Cortella, sobre o filme co-produzido pelos irmãos Schultz e André Melman. Cortella figura entre os 30 entrevistados convidados a refletirem sobre temas que inquietam a humanidade desde sempre: Quem sou eu? Qual é o sentido da vida? O que é a felicidade? Deus existe? – questões respondidas no longa por expoentes de diferentes áreas, incluindo líderes espirituais (como Monja Coen), intelectuais, artistas e esportistas. Personalidades que se revelam em depoimentos sensíveis, instigantes e, por vezes, até engraçados sobre tais questões.

5. Tarja Branca – A Revolução que Faltava
O segredo da vida (e da felicidade) é não deixarmos morrer a criança brincante que carregamos dentro de nós. O documentário dirigido por Cacau Rhodan explicita: brincadeira é coisa séria e não é só assunto de criança. A partir dos depoimentos de adultos de gerações, origens e profissões diferentes, o longa discorre sobre a pluralidade do ato de brincar, e sobre como os indivíduos podem se relacionar com as crianças que moram dentro deles. Com José Simão, Antonio Nóbrega, Wandi Doratiotto e outras personalidades, o filme conquista, encanta e instiga à (re)descoberta de se fazer o que se gosta, de ser feliz até mesmo nos momentos mais banais.